sábado, 10 de agosto de 2013

Guerra civil no PS, precisa-se.

Há nas pessoas, mesmo nas que têm graves limitações cognitivas como TóZero Seguro, um natural instinto de sobrevivência.

Atacado da forma certa - concorda ou não com o que fizeram os socratistas - a resposta natural de Seguro seria dizer 1º eu não tive nada a ver com essa gente e 2º essa gente já foi julgada em eleições.

Isto seria fácil, não fosse o golpe de estado que Sócrates e Soares operaram no Largo do Rato, precipitado pela iniciativa Presidencial.

Não sendo fácil para Seguro, sendo este um bébé chorão, ainda assim há o instinto de sobrevivência. Esse instinto empurra Seguro contra os socratistas.

O PSD deve insistir nesse caminho pois nele não há boa saída para Seguro. Deve, usando os inúmeros exemplos concretos que envolvem cúmplices de Sócrates na destruição do país, pegar em cada um e  repetir a questão "concorda ou não com o que fez o socratista A ou B que agora trabalha com Seguro ou é candidato pelo PS a este ou aquele cargo.

Antes da inevitável queda de Seguro, este chamuscará Sócrates e os Socratistas.

No limite podia sair a Passos a Sorte Grande duma guerra civil no PS.

Quando o PS foi atacado pelo BE / PC e pela coligação CDS / PSD na discussão da moção de censura dos Verdes, viu-se a dificuldade do PS e a tentação da sua bancada para reverter para a fórmula Socrática. Essa fórmula é um suicídio estando o PS na oposição. Só funciona com cargos para distribuir.

Na oposição o PS tem de dizer que é de esquerda e não sobrevive se a esquerda e a direita disserem que o PS é igual a Sócrates - com a esquerda dizer que com o PS temos a mesma austeridade porque Sócrates é memorando e austeridade e a direita a dizer que com o PS voltamos ao endividamento porque Sócrates foi endividamento e as propostas de Seguro são endividamento.

O PS precisa que quem ataca Sócrates pela direita, seja descredibilizado, branqueando a ação do Governo Sócrates e fingindo que o Memorando original era diferente deste e quem quem ataca o PS pela esquerda seja amenizado pela esperança de um frentismo de esquerda. A aproximação do BE ao PS poderia matar o BE mas transitoriamente anularia o PC.

O que o PS precisa, em resumo, é de atacar  PSD / CDS, criando no eleitorado de centro a ideia de que Sócrates não teria feito o que o Governo faz em termos de austeridade - ou seja persuadi-los que a austeridade não era inevitável  -  sem ter de defender explicitamente o Falso pela boca dos socratistas. Para isto é que é necessário Seguro que não é (ainda) conotado com Sócrates.

Ora isto só funcionaria se o Governo mantivesse a ideia inocente de não recriminar o passado e de não identificar o PS presente (pejado de socratistas) com esse passado de destruição do interesse nacional.

Ao atacar o passado, e o PS cúmplice com esse passado, como começou a fazer com o caso SWAP, o Governo põe em causa a estabilidade interna do PS.

Alguns comentadores, talvez não tenham percebido a mudança de estratégia que Passos está a operar e porque é que Albuquerque não pode sair.

Foi Passos quem pediu a Albuquerque que atacasse o PS nas SWAP.

Nem Portas, nem Passos, nem Cavaco poderiam imaginar o efeito positivo das suas ações na crise irrevogável e é dessas ações que surgiu neste governo a força e o nicho de oportunidade para a mudança de estratégia em relação ao período Sócrates. A crise irrevogável terminou a guerra civil no Governo e permitiu a guerra do Governo contra o PS.

As coisas são o que são e renascida dessa crise a coligação fará o PS pagar uma enorme fatura.

Na hipótese de Taluda, a fatura será a transplantação da guerra civil para o polvo rosa.


Sem comentários:

Enviar um comentário