sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Não chega - Tribunal Constitucional: decisão e fundamentos da decisão

É sabido que o Presidente da República decidiu não solicitar a fiscalização preventiva da constitucionalidade do OE de 2014.

O ano passado o PR decidiu solicitar a fiscalização sucessiva e obteve do TC uma resposta com inúmeros fundamentos políticos e não jurídicos.

Recentemente, o TC tomou, por aparente unanimidade, uma decisão política sobre a convergência das pensões entre o privado e o público. Foi não apenas uma decisão política: foi uma decisão sem qualidade.

Se as decisões do TC são políticas e não jurídicas o TC é um novo Conselho da Revolução.

Esperemos que o PR tenha aprendido alguma coisa com a natureza e a qualidade das decisões do TC.

Infelizmente a falta de qualidade das decisões não impressiona menos que a natureza política das mesmas. Muitas pessoas pensam que os fundamentos escritos da decisão do Conselho da Revolução, "transnominado" em Tribunal Constitucional, não interessam. Que apenas interessa a decisão em si. Que os fundamentos são meras desculpas e que se não fossem essas as desculpas outras facilmente se arranjariam.

O Tribunal decide uma qualquer coisa por motivos que se imaginam mas o que interessa é o que o Tribunal decide. Interessa até que o Tribunal decida contra o governo e contra o parlamento pois assim ganharia mais dignidade.

Não é respeitado e digno o Tribunal Constitucional Alemão e não é respeitado e digno o Supremo Federal dos Estados Unidos, cujas decisões não deixam de ser o que lhes aprouverem mau grado contraditarem a vontade do executivo ou do legislativo? Não é isso a prova definitiva da separação dos poderes?

Puro engano.

O Supremo dos Estados Unidos e, imagino, mesmo que em menor grau, o Constitucional da Alemanha, tomam decisões com qualidade intelectual. Para se saber da qualidade intelectual das decisões há que conhecer os seus fundamentos intelectuais, tal como para perceber a qualidade duma equação matemática há que olhar para a sua demonstração.

Lamento mas quando se vai pelo caminho de "o que eles queriam era impedir a diminuição das reformas dos funcionários do Estado e conseguiram", "as razões são um detalhe", não se defende a dignidade do Conselho da Revolução.

A dignidade de um Tribunal não advém apenas das funções que a comunidade lhe atribui. Depende também da qualidade das suas decisões.

Ora a qualidade intelectual das decisões do Tribunal Constitucional é muito baixa. Daí se depreende que a qualidade geral dos seus membros é muito baixa.

Isto é o oposto do que se passa nos Estados Unidos e, presumo, na Alemanha.

O Tribunal Constitucional português enferma da mesma doença de grande parte da elite portuguesa: chegaram onde chegaram por mecanismos que todos conhecemos e que pouco têm que ver com o seu valor em termos de inteligência, conhecimento, resiliência  e integridade.

Podem ser, nesta fase, amigos dos Galambas do  PS, das Dragos do BE e dos Balsemões dos media. Não chega.


Perceber a lógica do Conselho da Revolução

Aconselho a leitura do artigo de opinião de J. Manuel Fernandes a propósito da recente decisão do Tribunal Constitucional.

Apesar do carácter soft da linguagem do jornalista, vital para se sobreviver no seu mundo, é clara no artigo a desonestidade intelectual e o pouco refinado cinismo do Conselho da Revolução.

Perante o que alegadamente escrevem os conselheiros, semelhante à posição de defender que seria inconstitucional combater a SIDA em Portugal pois esse combate mesmo a ter sucesso não garantiria saúde para todos, uma vez que as borbulhas e as constipações continuariam, resta questionarmos a honestidade do mar de opinadores que nada dizem sobre os fundamentos concretos das decisões do TC.

Postos perante a questão de saber se a escravatura deveria ser abolida percebe-se que um qualquer Conselho da Revolução, abraçando o mesmo fio lógico que este, decidiria que é inconstitucional abolir a escravatura pois após a abolição os homens não seriam verdadeiramente livres.

Se nesse putativo quadro histórico essa fosse a decisão "politicamente correta" é claro.

Não apenas corporativismo básico de um tempo que todos pagamos muito caro por não ter desaparecido: lixo intelectual típico da elite de um país do terceiro mundo.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Pingo Doce e as Ossadas

Não sei quantos funcionários tem o Pingo Doce.
Não sei quantos produtores nacionais fornecem o Pingo Doce.
Sei que o dono do Pingo Doce prefere pagar impostos na Holanda, mais razoáveis e parte dos quais são redistribuídos via fundos estruturais e programas afins pelos países menos desenvolvidos da Europa e até do mundo.
Julgo que o Pingo Doce continua sediado e a pagar impostos em Portugal.

Essa cadeia de lojas conseguiu manter lojas de proximidade que beneficiam a população a preços competitivos com os hipermercados nacionais e multinacionais.

Sei que o Bloco de Esquerda, o PCP e parte da ala esquerda do PS ficariam felizes com a destruição das empresas competitivas que não lhes prestam vassalagem porque não vivem dos favores do Estado. Estou do lado oposto desses senhores: defendo que exemplos como o do Pingo Doce, com a sua eficácia e a sua qualidade continuem a criar riqueza verdadeira que não provém de dinheiro pedido emprestado ao estrangeiro e redistribuído pelos amigos do PS e quejandos, devendo ser vistos como exemplos. Estou do lado dos funcionários do Pingo Doce e suas famílias.

Aqueles que cantam ossanas a Cuba e à Venezuela e no passado cantavam ossanas à União Soviética, incapazes de compreender como se cria riqueza, inimigos de todo o empreendedorismo, adversários da iniciativa económica das pessoas, transformariam o nosso músculo económico em ossadas.

Esta alquima em que os ossanas vermelhos criam ossadas, era chamada de política de terra queimada no PREC.

Temos um mini PREC protegido por um miniConselho da Revolução.

Agora que o país dá sinais de estar a fazer emergir uma outra economia, mais exportadora e mais livre, espera-se que aumente o desespero dos Pachecos Pereiras aos Franciscos Louçãs.

Agora é altura de não arrepiar caminho e travar a legião minoritária de inimigos da liberdade.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A privatização da RTP e a guerra da SIC a Passos Coelho

Em Portugal, a maioria dos grandes empresários abomina tanto a liberdade de iniciativa e o mercado livre, como o abominam a maioria dos fazedores de opinião e a maioria dos políticos no ativo.

Um dos exemplos deste problema é reconhecível no empresário Pinto Balsemão. Uma boa parte do sucesso deste empresário deve-se à SIC e aos seus diversos canais.

A SIC dá muito dinheiro a Balsemão.

Ora Balsemão gosta de dinheiro como toda a gente e está persuadido que uma das estratégias eficazes para o acumular é impedir a competição. Balsemão imagina o mercado publicitário como um bolo limitado e quando se tratou de ter acesso a esse bolo, defendeu a existência de canais privados de televisão, para logo após ter sido aceite como comensal tratar de tentar impedir a liberalização do mercado. O bolo estava na mesa, Balsemão tinha-se instalado de faca e garfo e o que mais temia era que entrassem novos convidados.

A competição verdadeira é-lhe verdadeiramente estranha.

A esquerda que ele agora acolhe na SIC, tentou impedir como pôde essa decisão reformista de Cavaco Silva, mas isso são tempos idos.

Agora é a SIC que tenta impedir com todas as forças que surja ao seu lado, e ao lado da TVI, um canal privado que suceda à RTP pública e a esquerda saloia passou a dar-lhe jeito.

Para Balsemão a esquerda é agora sua aliada nesta luta de levar o bolo à boca, pois sendo sempre inimiga da privatização, neste capítulo ajuda a manter o negócio do Pinto B.

O temor que Passos vendesse a RTP a um operador privado, justifica boa parte da animosidade da SIC contra o Governo.

Trata-se para Balsemão de uma coisa séria: dinheiro.

Passos Coelho só tem uma forma de travar a animosidade de Balsemão: privatizar rapidamente a televisão pública.

É certo que o Conselho da Revolução pode tentar impedi-lo, mas seguramente que a abertura do jogo sobre o papel e a motivação de Balsemão iria dificultar o trabalho do Tribunal Constitucional.

E, no limite, o governo pode privatizar a RTP 2 e, mal isso aconteça, transformar a RTP 1 naquilo que é hoje a RTP 2. Basta mudar a grelha de programação. Para além doutras alternativas possíveis.

O que não deve é aceitar que se viva num país, onde o que é politicamente tido como aceitável e moderado são as opiniões extremistas duma esquerda que destruiu o país, ao mesmo tempo que um quase invisível lápis azul empurra as opiniões favoráveis à libertação da sociedade para os nichos mais laterais da blogosfera.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Schäuble continua ministro das finanças no novo governo alemão

O governo de coligação na Alemanha, que inclui o SPD - o tal partido de esquerda que elogiou a política de Passos Coelho - mantém como ministro das finanças o conhecido Schäuble.

Era bom re-entrevistar José Sócrates para lhe perguntar se se importa de voltar a insultar Schäuble agora que, ao contrário do que um dos dois mais malignos primeiros-ministros portugueses do pós 25 de Abril previu, o homem se mantém no cargo.

Sá Carneiro e o Tribunal Constitucional

Alguém dúvida que Sá Carneiro, se fosse vivo e se se mantivesse um ator político ativo, teria tornado claro que a defesa da liberdade em Portugal passa pela remoção desse órgão anti-democrático que dá pelo nome de Tribunal Constitucional?

Paulo Rangel que as mais das vezes gosto de ouvir e ler, escreveu um texto dúplice em que aconselhava os detratores do Tribunal Constitucional a não o verem como o Conselho da Revolução e aconselhava os juízes do Tribunal a não se comportarem como membros de um Conselho da Revolução.

Acontece, para mal da pulsão politicamente correcta de Rangel, que o Tribunal Constitucional é um Conselho da Revolução que assenta a sua mundivisão na cartilha "a caminho do socialismo" aprovada em 1976.

É claro que os eufemistas, travestidos de moderados, decidiram dar ao novo Conselho da Revolução, um nome - o de Tribunal - que inibe a crítica política à sua ação política mas esse é um problema que deixo para Rangel pois pouco me importa.

Mais que a aparente destreza da linguagem daqueles que Rangel nomeia e elogia - Pinto Balsemão, Freitas do Amaral e Mário Soares - interessam as coisas reais. E no mundo das coisas reais o Tribunal Constitucional é um grupo politicamente motivado, antidemocrático, ofensivo dos direitos humanos nomeadamente do direito à liberdade dos povos escolherem o seu destino.

Aliás, dessas três figuras uma é politicamente patética e duas são co-responsáveis por dois episódios de falência do país.

As considerações do TC não são jurídico-constitucionais: são considerações políticas e, como elucidou indiretamente o tribunal europeu dos direitos humanos, considerações anticonstitucionais.

É preciso enfrentar esta casta de abusadores, que se reformam muitas vezes com choruda mensalidade aos 40 e poucos anos de idade à custa dos impostos que todos pagamos, defendendo os seus interesses corporativos e, muito pior, defendendo objectivos políticos que chocam contra a vontade expressa pelo povo em eleições.

Faltam muitas coisas na nossa classe política. Entre elas um Sá Carneiro que tenha a coragem de chamar os bois pelo nome.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Mário Soares versus Mandela

Pode parecer injusto, mas imaginemos que o líder do maior partido português, como se provaria, e ministro dos negócios estrangeiros de Portugal, dava pelo nome de Nelson Mandela e não de Mário Soares.

Estávamos em 74/75 e Angola era governada por Portugal que tinha no terreno forças militares em grande número.

Havia dois caminhos possíveis: abandonar esse povo às mãos duma guerra civil sem tréguas que viria a matar centenas de milhar de civis - homens desarmados, velhos, mulheres e crianças - ou defender veementemente a liberdade, a democracia e a paz.

Chamando capacetes azuis das Nações Unidas se necessário fosse mas mantendo sempre uma posição de orgulhosa defesa do consenso e da paz. Garantindo eleições. Garantido segurança e garantindo os direitos humanos.

De que lado estaria Mandela?

De que lado esteve Mário Soares?

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Sócrates regressa lentamente. Questão individual?

Mário Machado, o socialista que preside à Associação Nacional dos Municípios, falou e disse:
O facto de muitos autarcas receberem chorudos subsídios de reintegração após a perda de mandato é uma questão individual que não lhe merece comentário.

Percebemos a lógica Socrática que vai regressando ao país.

Mas comentamos:

Para quem mete o subsidio no bolso será uma questão muito individual.

Para nós que o pagamos é uma questão muito colectiva.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Rui Mateus

Continua desaparecido?

Perguntas a Mário Soares




#1 O Estado deve mais de 207 mil milhões de euros.

Quem pediu o dinheiro emprestado?


#2 Para onde é que foi o dinheiro?


#3 Soares tem uma fundação em seu nome, financiada com dinheiro público.

Cavaco ou alguém no governo também têm uma ?


#4 Quanto do dinheiro que devemos ao estrangeiro foi entregue pelos governos à fundação Mário Soares (não me interessa a percentagem - interessa-me o valor em euros)?


#5 Será justo que tanta gente pobre esteja a pagar o dinheiro que se pediu ao estrangeiro e foi parar às mãos da Fundação Mário Soares, seja muito ou seja pouco?


#6 Porque é que não toma a iniciativa de pagar pessoalmente a fração da dívida pública que os governos entregaram à sua fundação, em vez de esperar que tenhamos todos de a pagar?


#7 Passos Coelho deixou de alimentar a Fundação Mário Soares a Pão de Ló pago por todos, tal como deixou de o fazer a mil e um organismos que parasitavam o Estado.

Será que o ódio e o incitamento à violência de Mário Soares contra os membros do governo e contra Cavaco Silva, tem alguma coisa de pessoal por parte do nosso Che?


#8 Há quem ache um crime Lesa Majestade criticar-se Mário Soares.

Mas então o lápis azul não tinha sido extinto?


#9 Mário Soares clama pelo julgamento judicial dos membros do governo que anda a pagar a dívida que o PS contraiu.


Será que o Sócrates concorda e também acha que Passos Coelho devia ser julgado por pagar a dívida que o próprio Sócrates contraiu?



#10 Se o Lápis Azul desapareceu, onde se pode encontrar este livrinho (não é para ler - é para mandar uma cópia para a Procuradoria Geral da República)?




domingo, 13 de outubro de 2013

Mario Soares exige julgamento de membros do Governo

Existem nos Governos de Sócrates,  inúmeros exemplos de pessoas que desbarataram recursos públicos a bem de benefícios privados. Também os existem em governos anteriores, quer de Guterres, quer do PSD, mas em nenhum a coisa atingiu a gravidade do que se passou com Sócrates.

Com Sócrates procedeu-se a uma destruição com potencial para devastar gerações.

Mário Soares defende o uso do Ministerio Público para o ajuste de contas políticas.

Ninguém se levanta contra este senhor?

Ninguém o acusa de não ter feito o mínimo eticamente exigível - com tantos exemplos de colónias do mundo anglo-saxónico e tantos exemplos de intervenção das Nações Unidas para garantir a pacificação após uma guerra (no caso a guerra colonial) - de forma a tentar evitar as guerras civis de Angola, Moçambique e Timor, com os consequentes crimes contra esses povos?

Ninguém o acusa do tráfego de influências bem explicitado numa obra cujo autor se encontra em parte incerta?

E Sócrates, Paulo Pedroso e tantos outros, são deixados politicamente impunes?


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Costa perdeu cerca de 7 mil votos em Lisboa

Em 2009 Costa teve cerca de 123.000 votos.
Em 2013 teve cerca de 116.000 votos.

Em relação à coligação PSD / CDS que perdeu metade dos eleitores, a perda de Costa é pequena.

Mas os foguetes que lançou, auto-embevecido, e a perda de votantes em número absoluto - mesmo em Lisboa - ilustram os pés de barro das análises mais impulsivas.

Em Lisboa o povo ficou em casa.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Vitória do PS nas autárquicas - melhor é impossível

Nas eleições autárquicas o PS diminuiu o seu número de votantes em relação a 2009. Dada a maior dispersão de candidaturas teve mais presidências de câmara, fazendo parte do PS achar que fora uma grande vitória. Não foi.

Como se previa Costa venceu folgadamente em Lisboa, tendo a dramática abstenção inflacionado a sua percentagem de eleitores.

A conjugação dos dois factos, o segundo previsível e o primeiro que agradecemos, garante ao Governo o melhor líder do PS que o PSD podia desejar: António Seguro.

Melhor era impossível.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Guerra do Chá - para quando uma declaração de António Costa?

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, continua a não se demarcar do Governo politicamente criminoso de Sócrates.

Deve fazê-lo agora que se prepara para usar a sua eleição como presidente da autarquia como rampa de lançamento para vir a ser primeiro-ministro.

IGF durante Governo Sócrates destrói 6 dossiers importantes - mais um episódio da guerra do chá

A auditoria que Albuquerque mandou fazer à atuação dos serviços de finanças durante o governo politicamente criminoso de Sócrates revelou que em 2008 a IGF eliminou seis importantes dossiers sobre os SWAPs, o que agora dificulta perceber a monitorização que era feita aos SWAPs tóxicos.

Cada cavadela sua minhoca.

Como explicámos há tanta diferença entre SWAPs e SWAPs tóxicos como há entre chá e chá venenoso. A imprensa e muitos comentadores tentam ignorar esta diferença essencial para confundir a opinião pública.

Mas, pergunto, se não houvesse diferença entre chá e chá venenoso teriam sido destruídos os dossiers?

Aguardamos detalhes para poder responder a esta questão.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Já não há peluches

O PS de Seguro, ao mesmo tempo que Sócrates e os Socratistas esganam Peluches, impa como um bébé chorão.

Com o crescimento inesperado do emprego, primeiro, e da economia, depois, os burlões e os mitómanos da moderada e da  extrema esquerda estão vulneráveis.

A Frente Popular de burlões e mitómanos descobriu que o INE não sabe fazer contas e que eles é que sabem. Vai disto e, depois de terem considerado sazonal a criação de cerca de 70.000 empregos no 2º trimestre, lembram-se de comparar o produto de um trimestre não com o trimestre anterior mas com 4 trimestres atrás. Como a subida da produção - nomeadamente da produção industrial - apesar de muito significativa 1,1 % em 3 meses, não foi tão grande que anulasse as perdas acumuladas nos últimos 4 trimestres eles acham que o crescimento económico não é crescimento. Se no próximo trimestre o PIB voltar a crescer eles se calhar comparam com há 2 anos para dizer que não cresceu.

É como um carro passar de 50 para 60 Km hora de velocidade e eles que não houve aceleração pois há dois anos ia a 70 Km / h.

É preciso ter paciência para esta gente.

Mas também é preciso ter energia e nas próximas eleições autárquicas nenhum  esforço  deve ser poupado contra o principal adversário de um novo dia claro e limpo - o ex-ministro socratista que o PS apoia para a câmara de Lisboa.

Um resultado menos bom desse ex-ministro e o PS percebia o que é crescimento económico ...

Crescimento surpreendente

O crescimento anunciado pelo INE de 1,1 % no terceiro trimestre, é surpreendente.

Contradiz a teoria irracional do "batemos no fundo".

Recorda a plasticidade invulgar de um país que nem Velhos do Restelo nem estatísticas capturam.

Reforça a necessidade de Paulo Portas explicar à Troika que não se atira fora o bébé com a àgua do banho.

domingo, 11 de agosto de 2013

Raquel Varela e os Pine Cliffs




Sócrates de Férias num Algarve


Passos Coelho de férias noutro Algarve


Raquel Varela pensa que os jovens são estúpidos e não distinguem quem passa férias em Manta Rota à sua custa e como sempre fez, e quem passa férias num Resort Cinco Estrelas, provavelmente à nossa custa.

Velhos Estatistas com horror à iniciativa, como Varela, não distinguem.

Os jovens que as teorias que as Varelas perfilham, empurraram para poder pensar em pouco mais do que como garantir a próxima refeição e querem fazê-lo à sua própria custa, em vez de ser à custa do dinheiro dos contribuintes, talvez distingam.

E quando lhes sobrar tempo - o que acontecerá mais cedo do que as Varelas julgam - vão mandar as Varelas para o sitio onde pertencem: uma ruela bem ao lado das avenidas por onde passa o futuro.



Marques Mendes e o suicídio em direto

Marques Mendes, um elemento da ala esquerda do PSD e dedicado comentador político fez no passado vários serviços à reposição de alguma ética na política.

Lembro o caso de Isaltino e lembro que nem o PS nem o CDS procederam da mesma forma em casos de autarcas com perfil semelhante.

É por isso que custa mais dizer o que direi a seguir, uma vez que se trata de uma pessoa que migrou da troca de investimento público desnecessário por votos na sua base "constituinte" para uma atuação mais limpa. Fez o trajecto que achamos que o PSD tem condições para continuar a fazer e suspeitamos que o PS já não tem, uma vez que parece ter atravessado o ponto de não retorno.

Mas a verdade é que Marques Mendes, tal como Morais Sarmento e Marcelo Rebelo de Sousa, é um comentador charneira do regime e está ligado visceralmente à perpetuação do status quo mais apto.

Liguei a televisão e ouvi Marques Mendes a apelar ao Bloco Central para parar com a guerra dos SWAPs dizendo que ambos perdem, que ninguém quer saber desse assunto e que a continuarem nessa via trata-se de um "suicídio em direto" para ambos os partidos.

Nada mais falso. É verdade que ninguém percebe nada do que são os SWAPs porque o PS e os media de referência - com especial relevo para a SIC, Marques Mendes, Morais Sarmento e Marcelo, tratam que ninguém perceba.

Noutro país todas as pessoas já tinham percebido que há SWAPs tóxicos e SWAPs normais, tal como há chá venenoso e chá normal. Aqui vocifera-se contra o chá e cala-se o problema do chá venenoso, e depois vêm os Marques Mendes dizer que devemos parar a guerra do chá.

Quem tem a perder com a guerra do chá é o PSD de que Marques Mendes faz parte e que vive em saudável convívio com o PS de Sócrates como se esse PS fosse semelhante ao PS de Guterres ou seja o PS histórico.

Ao PSD de uma nova geração que terá de pagar com suor e lágrimas a deriva politicamente criminosa de Sócrates, ocorrida durante o primeiro mandato de Cavaco Silva, a guerra do chá é uma guerra estrutural.

É uma guerra que tem contactos com a vontade do povo de que os responsáveis pela destruição do país têm de ser responsabilizados.

Sem essa guerra acontecerá ao PSD o que aconteceu em Itália e, de forma diversa, na Grécia, aos partidos do status quo: desaparecerá.

O PS corre esse risco e Passos Coelho, mais próximo da nova geração sente o que pessoas como Marques Mendes não sentem. A probabilidade de atravessarmos a crise que agora atravessamos e da nata social portuguesa se manter intocada é menor do que a probabilidade contrária.

Como no passado, o PSD está mais próximo do sentir nacional mais intrínseco e mais sui generis do que o PS.

Deve pois continuar a guerra do chá - hoje com os SWAPs e amanhã com outro crime político dos socratistas.

Nova pérola do PS: A honestidade prejudica a imagem do País.

Escrevi no último post que "O PS é um partido em que a desonestidade política não se cinge a um grupo autolimitado de pessoas. A indiferença para com a verdade, é uma característica sistémica dessa organização que hoje, com a tolerância de boa parte da ala esquerda do PSD, é um dos fatores sistémicos de degradação da democracia."

Apesar do BE e, em menor grau, do PCP também faltarem à verdade frequentemente, trata-se aqui duma coisa diferente. Se pensarmos especificamente  no PC, percebemos que eles acreditam em boa parte do que dizem e assim, boa parte do que nos distancia deles é político e não ético. O mesmo acontece com a ideologia fascista. Quer os comunistas quer os fascistas têm uma visão guerreira da estrutura do mundo e essa visão informa a sua interpretação dos factos concretos. O BE é um fenómeno de transição entre esse tipo de mitomania estrutural, esse tipo de delírio filosófico, e o charlatanismo típico do Partido Socialista.

O PS quando mente sabe que mente. Sabe que falseia para obter vantagem. Não acredita no que diz. Desperta mais repulsa do ponto de vista humano. Sabe que mal chegue ao governo fará exatamente o contrário do que afirma hoje que fará. Tem um discurso de oposição e um discurso de poder e entre os dois a distancia é inadmissível. O mesmo fenómeno existe no PSD mas aqui é duma escala logarítmica inferior e mais contido à sua ala esquerda, por isso menos prioritária para nós.

Isto tem a ver com culturas de grupo. Não tem a ver com comportamentos individuais criminosos - esses possivelmente mais frequentes entre militantes do PSD como vemos em Dias Loureiro, em Duarte Lima, etc.

Voltando a sub-culturas organizadas (de grupo) e para quem tem dúvidas sobre a manobra da SIC e do Partido Socialista, de uso de documentos grosseiramente falsificados, forjados, para tentar enlamear o Governo então é de atentar neste outro curioso facto:

O PS declarou, preto no branco, que a denuncia de falsificação de documentos prejudica o País no estrangeiro.

Leiam esta pérola única.

Duvido que se encontre em qualquer outro país da europa um exemplo factual tão direto sobre a desonestidade de um grande partido e, principalmente, sobre a usual tolerância da imprensa main-stream em relação a essa desonestidade.

Noutros lados uma declaração destas seria notícia de primeira página.

O PS declara que a denúncia de falsificação de documentos por parte de forças que fazem o jogo dos Socratistas prejudica Portugal. A verdade prejudica Portugal.

Percebe-se a coerência: Sócrates faz bem ao País e a Verdade é prejudicial.

Pais Jorge, o colaborador de Sócrates, e a desonestidade do PS

O PS é um partido em que a desonestidade política não se cinge a um grupo autolimitado de pessoas.

A desonestidade política, a indiferença para com a verdade, é uma característica sistémica dessa organização que hoje, com a tolerância de boa parte da ala esquerda do PSD é um dos fatores sistémicos de degradação da democracia.

É por isso altamente desaconselhável para o Governo trazer para o executivo elementos que tenham colaborado prolongadamente com o PS de Sócrates.

Pais Jorge pode ter sido agora vítima da pulsão criminal que orbita o Partido Socialista e que não tem qualquer pejo em falsificar documentos e alimentar com eles a SIC, sendo de seguida usados na campanha do PS.

Mas Pais Jorge tem um currículo de colaborador de Sócrates, negociando pelo lado do Estado, os ruinosos contratos de concessões de estradas em todo o País.

Sabemos que é difícil encontrar num país pequeno como Portugal pessoas com competência na área financeira que não tenham ou trabalhado para os grandes bancos ou para os Governos despesistas de Guterres ou ruinosos de Sócrates.

Mas é indispensável procurar essa pouca gente que ainda existe e trazê-los para os cargos de decisão política.

Os demais devem ter apenas funções técnicas e, mesmo nos serviços técnicos, nunca funções de direção

sábado, 10 de agosto de 2013

Guerra civil no PS, precisa-se.

Há nas pessoas, mesmo nas que têm graves limitações cognitivas como TóZero Seguro, um natural instinto de sobrevivência.

Atacado da forma certa - concorda ou não com o que fizeram os socratistas - a resposta natural de Seguro seria dizer 1º eu não tive nada a ver com essa gente e 2º essa gente já foi julgada em eleições.

Isto seria fácil, não fosse o golpe de estado que Sócrates e Soares operaram no Largo do Rato, precipitado pela iniciativa Presidencial.

Não sendo fácil para Seguro, sendo este um bébé chorão, ainda assim há o instinto de sobrevivência. Esse instinto empurra Seguro contra os socratistas.

O PSD deve insistir nesse caminho pois nele não há boa saída para Seguro. Deve, usando os inúmeros exemplos concretos que envolvem cúmplices de Sócrates na destruição do país, pegar em cada um e  repetir a questão "concorda ou não com o que fez o socratista A ou B que agora trabalha com Seguro ou é candidato pelo PS a este ou aquele cargo.

Antes da inevitável queda de Seguro, este chamuscará Sócrates e os Socratistas.

No limite podia sair a Passos a Sorte Grande duma guerra civil no PS.

Quando o PS foi atacado pelo BE / PC e pela coligação CDS / PSD na discussão da moção de censura dos Verdes, viu-se a dificuldade do PS e a tentação da sua bancada para reverter para a fórmula Socrática. Essa fórmula é um suicídio estando o PS na oposição. Só funciona com cargos para distribuir.

Na oposição o PS tem de dizer que é de esquerda e não sobrevive se a esquerda e a direita disserem que o PS é igual a Sócrates - com a esquerda dizer que com o PS temos a mesma austeridade porque Sócrates é memorando e austeridade e a direita a dizer que com o PS voltamos ao endividamento porque Sócrates foi endividamento e as propostas de Seguro são endividamento.

O PS precisa que quem ataca Sócrates pela direita, seja descredibilizado, branqueando a ação do Governo Sócrates e fingindo que o Memorando original era diferente deste e quem quem ataca o PS pela esquerda seja amenizado pela esperança de um frentismo de esquerda. A aproximação do BE ao PS poderia matar o BE mas transitoriamente anularia o PC.

O que o PS precisa, em resumo, é de atacar  PSD / CDS, criando no eleitorado de centro a ideia de que Sócrates não teria feito o que o Governo faz em termos de austeridade - ou seja persuadi-los que a austeridade não era inevitável  -  sem ter de defender explicitamente o Falso pela boca dos socratistas. Para isto é que é necessário Seguro que não é (ainda) conotado com Sócrates.

Ora isto só funcionaria se o Governo mantivesse a ideia inocente de não recriminar o passado e de não identificar o PS presente (pejado de socratistas) com esse passado de destruição do interesse nacional.

Ao atacar o passado, e o PS cúmplice com esse passado, como começou a fazer com o caso SWAP, o Governo põe em causa a estabilidade interna do PS.

Alguns comentadores, talvez não tenham percebido a mudança de estratégia que Passos está a operar e porque é que Albuquerque não pode sair.

Foi Passos quem pediu a Albuquerque que atacasse o PS nas SWAP.

Nem Portas, nem Passos, nem Cavaco poderiam imaginar o efeito positivo das suas ações na crise irrevogável e é dessas ações que surgiu neste governo a força e o nicho de oportunidade para a mudança de estratégia em relação ao período Sócrates. A crise irrevogável terminou a guerra civil no Governo e permitiu a guerra do Governo contra o PS.

As coisas são o que são e renascida dessa crise a coligação fará o PS pagar uma enorme fatura.

Na hipótese de Taluda, a fatura será a transplantação da guerra civil para o polvo rosa.


O PSD lê o Supraciliar - bom para ele, mau para os Socratistas

O PSD começa a mexer. Começa a fazer perguntas difíceis ao PS.

O PS não pode responder e insulta forte e feio - acusa o líder parlamentar do PSD de ser nem mais nem menos que soez.

Como eu expliquei o problema do PS é o problema dos socratistas, nomeadamente o proto-príncipe que se prepara para uma vitória em Lisboa.

Os socratistas necessitam de branquear a tragédia para Portugal que foi o Governo Sócrates pois, caso o não consigam fazer, têm mais dificuldade em voltar ao poder.

Os socratistas além de quererem o poder, como é normal e óbvio, têm muito a perder com a perda do poder.

Essa perda tem a ver com o que sabemos e com o que ainda não sabemos - mas saberemos.

Sócrates voltou para ter um púlpito televisivo a partir do qual pode enlamear quem chamar o boi pelo nome.

A estratégia do PSD tem de ser a do ataque puro e continuado aos cúmplices de Sócrates.

Parece que ao deixar-se de ilusões convoca a face mais trauliteira do PS e, mais do que isso, pressiona a Seguro a definir-se como cúmplice ou não de Sócrates.

Ora isso é difícil para Seguro.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

14 de Agosto 2013

Nesse dia o INE publica os dados da evolução do produto no segundo trimestre.

Se tiver tido uma evolução positiva, batendo certo com a evolução do emprego é indispensável que Portas explique à troika que não se pode atirar fora o bébé com a água do banho.

Não se pode atirar fora o bébé com a água do banho.

Balsemão, o nosso pequeno Berlusconi, contra-ataca

Balsemão, o nosso pequeno Berlusconi, e conhecido grupo de imprensa que tem atacado sistematicamente os Governos da ala direita do PSD (Durão Barroso, Santana Lopes e Passos Coelho) e que propagandeou um documento forjado fez hoje 3 perguntas ao Governo:

1º)  O Governo deve esclarecer se houve ou não manipulação de documentos.

Meu caro Berlusconi, o Ministério da Finanças já tinha respondido antes de ricos da sua laia (como diz Pacheco Pereira) terem perguntado: Sim, houve e é desonesta.


2º) Que documentos foram forjados?

Meu caro Berlusconi o Ministério da Finanças já tinha respondido antes do Sr. Tubarão ter perguntado: foi o documento que Vs. Excias propaganderam para fazer favores aos Socratistas.

3º) Quem forjou o documento?

Ora, ora caro Berlusconi ... porque não pergunta isso ao Balsemão?

Enquanto em Portugal desce, na Grécia o desemprego atinge máximos históricos. Sazonal?

Parece que há um caminho para se continuar a cair como se não houvesse fundo.

O caminho Socrático de que as dívidas não são para pagar como a Grécia seguiu.

O caminho dos colaboracionistas com Sócrates que nunca levantaram a voz para impedir que se mascarasse o déficite com mil e um truques, mesmo quando Ferreira Leite e tantos outros alertavam para a espiral impagável da dívida.

O não pagamos a dívida nem emagrecemos o Estado até ser tarde demais.

Votar macissamente no Bloco de Esquerda. Eleger tipos que não tiram cursos, falam do que não sabem e vomitam veneno contra tudo o que mexe; eleger inspetoras cubanas que interrogam os sérios.

Parece que, quando nós melhoramos e a Grécia continua a cair, a teoria de só não pioramos porque batemos num imaginário fundo, fica sem base de sustentação... sem fundo, digamos.

O que Portugal conseguiu é pouco para a devastação que já ocorreu e a que ocorrerá durante 2014.

Mas é muito para a pesada herança Socrática.

Se Seguro der com a língua nos dentes os Socratistas dão-lhe tau-tau

Quando após a queda de um Governo politicamente criminoso como o foi o de Sócrates e aparece um líder não conotado com o governo derrotado, como Seguro, o que seria normal é que, perante ataques que envolvem o PS no buraco dos SWAPs Tóxicos, Seguro dissesse "não fiz parte desse governo", "não tenho nada a ver com isso" antes de dizer o que lhe aprouvesse - mesmo que fosse defender esse governo.

Ora isso nunca acontece.

Porquê?

Porque ocorreu um golpe de estado palaciano no Largo do Rato e Seguro foi aprisionado pelos Socratistas e até pelo avô Soares. Se levanta cabelo dão-lhe tau-tau e ele chora. Uma vez disse que ele é que era o presidente da junta e Soares respondeu logo que "o PS não é de Seguro".

Esta situação ocorreu pela virulência desesperada dos Socratistas, que têm muito a perder, e pela particular incompetência de Seguro.

Seguro, assustadiço por pouco, escassamente dotado intelectualmente, foi enganado pelos Socratistas, por Cavaco e outra vez pelos Socratistas. Já é gozar com o Anão

É confrangedor quando um homem que, tendo em conta o seu talento, nunca devia passar de chefe de gabinete de um sub-secretário de estado é colocado como candidato a Primeiro-ministro.

Sócrates e os seus Ex-Ministros Esganam Peluches

Após o convite do PSD Sócrates e vários dos seus ex-ministros, alguns dos quais conhecidos pelo seu estilo "Português Suave",  foram vistos, à falta de melhor alternativa, a esganar peluches.

Aguardam-se os comentários do Rapaz Que Não Tirou O Curso (não é Relvas, é o cubano) e da Inspetora Ana Drago.

Seguro, continua a chorar.

That's the way PSD.

Criados mais de 65.000 empregos de Abril a Junho

Mais noticias no sentido da economia estar a dar a volta.

Não admira que Seguro chore convulsivamente.

Não admira que comentadores usem palavras cada vez mais caras para desexplicar o óbvio.

Percebem agora porque é que o PS exige eleições? Percebem porque é que o BE e o PC exigem eleições? É porque sabem que é agora ou nunca. Dentro de dois anos o ambiente económico pode ser bastante diferente.

A oposição sem fim ou o curioso caso de Pacheco Pereira


No que toca à cobardia generalizada dos comentadores de centro-direita, por entre as honrosas exceções há um caso curioso.

Esse "caso" não terá medo de atacar o PS, quando lhe der para esse lado.

Trata-se de Pacheco Pereira.

Até lá dedicou-se a trabalhar para que o PS (com Seguro, imagine-se) regressasse ao poder.

Falhado esse objectivo, volta-se agora para a solução Costa.

Até que Costa ganhe. Nessa altura atacará Costa.


A importância duma imprensa dominada pela opacidade


O problema da demagogia é depois pagarmos o preço de termos milhares de pessoas como o Jorge a marrarem para o lado do isco que lhe lançaram.
Já o imagino médico, perante um doente que se tentou suicidar tomando caixas inteiras de antibióticos a clamar pela proibição de todos os antibióticos.

Enquanto não houver imprensa que explique ao povo a diferença entre SWAPs e SWAPs tóxicos, entre PPPs e PPPs com rendas abusivas, entre bons investimentos públicos como a 1ª autoestrada Lisboa-Porto e maus investimentos públicos como a 3ª que Sócrates começou a construir, estamos nas mãos dos Balsemões.

Mas não são apenas os Balsemões - é todo um grupo de comentadores que giram em torno da política sem nunca clarificarem os factos. No caso Albuquerque vejam-se as intervenções de Morais Sarmento, Marcelo Rebelo de Sousa e Marques Mendes que falaram, falaram sem nunca clarificarem os factos.

Percebe-se nas entrelinhas que todos eles sabiam que Albuquerque não mentira, mas nem um teve a coragem de visitar os factos. Todos sabiam que seriam atacados ferozmente pelo PS e que a voz demagógica do PS seria amplificada mil vezes por Balsemão. Na verdade os três estão em simbiose frágil com os burlões do mundo Socrático. Voltarei a este assunto mais tarde.

Nada disto tem a ver com a questão Machete.

Sobre isso repito aquilo que expliquei ao rapaz que não tirou um curso: o problema deste Governo (ao contrário do que o rapaz pensa na sua simplicidade) é Machete e não Albuquerque.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Este País não é para Velhos

O fraco Secretário de Estado Pais Jorge demitiu-se.

Tal como Relvas, choramingou que não aguentava a pressão dos Mitómanos da extrema esquerda e dos Burlões da moderada esquerda.

Fez bem em demitir-se pois há sinais de que, tal como Relvas, não prestava.

O combate que o PS trava não é coisa para velhos: é um combate pela sobrevivência duma casta que sente que está em perigo vital. É um combate em que não recusará o crime se o crime lhe for útil.

Temo que a verdadeira perceção da gravidade do que é  defendido ainda não tenha atingido a luz do dia.

Mas à medida que gente no PS aproxima o seu comportamento do dos tempos da cabala que montou contra a justiça no caso Paulo Pedroso, percebe-se que não será coisa pequena.

Seguro, qual idiota útil, será regurgitado por esse organismo e cuspido para o esquecimento enquanto um novo Sócrates emergirá. Talvez nessa altura se perceba o que está em jogo. Talvez só mais tarde ainda.

Não sei com que clareza a ala direita do PSD e o CDS percebem isto. Temo que não percebam com clareza que chegue que, também do seu lado, este país não está para velhos.

Não sei se têm fibra para o enfrentar. Tenho esperança que sim.

Prefiro o risco da repetição a deixar de insistir que é preciso um novo Sá Carneiro para um novo dia claro e limpo, vassourando o informe parasita que Dias Loureiro e Sócrates representam, da mesma forma que o advogado do Porto vassourou o cadáver do PREC.

Seguro e o BE assustados: desemprego cai pelo 5º mês consecutivo

Pelo 5º mês consecutivo o desemprego está em queda.

Não se registava queda tão dramática desde 2000.

Desde Janeiro até agora há menos 50.000 desempregados.

Imagino que Pacheco Pereira explique que o desemprego só baixa por causa da emigração, das razões sazonais e porque batemos no fundo. Depois fale da engenharia social utópica e do preço irremediável que pagámos neste processo.

Seguro chore convulsivamente.

O BE exija a demissão da vizinha da prima do barbeiro do Ministro do Emprego. Imediata. Parece que mentiu porque há 18 anos disse que o seu filho havia de ser médico e o rapaz agora quer ser engenheiro. Parece que na altura, em 1995, mandou um email a dizer isso do iPAD. A fascista da aldrabona!

Ainda por cima agora diz que não sa lembra a que horas mandou o email e que sapatos calçava (coisas ca Inspetora Ana Drago não admite quando interroga, olha ... logo ela, tá bem tá).





PS trava batalha desesperada

Quer Seguro quer Cavaco queixaram-se de terem sido vítimas de espionagem.

Revendo e esclarecendo o que escrevi no último post:

Durante mais de dezoito meses Passos Coelho cometeu o erro de poupar o Governo que o antecedeu.
Foi um erro. Escrevi sobre isso.

Acresce que o ataque a Sócrates era mais fácil quando o Governo acabara de chegar pois estava na fase de "Estado de Graça".  Agora tem menos força.

Ainda assim Passos mudou de estratégia e iniciou um ataque ao PS sem poupar Sócrates.
Isso mudou tudo e o caso SWAP é a face visível dessa mudança.

No caso dos SWAP o Governo descobriu que houve falsificação de documentos para incriminar o Secretário de Estado Pais Jorge.

O grupo mediático ligado a Pinto Balsemão, é a face mais pública da propaganda  para branquear o Governo de Sócrates no caso dos SWAP.

Não percebi ainda porquê.

Esse branqueamento tem tido outros episódios, uns mais eficazmente vendidos que outros.

Recordo o coup d´état que impediu Seguro de assinar um acordo com o PSD e o levaria, para desgraça dos socratistas, a ser primeiro-ministro em 2014, e, pior, a acusação ainda não esclarecida por Seguro, de que estaria sob escuta no Largo do Rato.

Esse branqueamento de Sócrates, pretende também impedir que se use a herança desse governo, para diminuir as figuras que no futuro irão substituir Seguro na liderança do PS.

Percebida a mudança de estratégia de Passos, o objectivo é simples - os Socratistas precisam de anular os argumentos contra os seus governos e, se possível, classificar o PSD como mentirosos, indignos de confiança, tornando pouco credíveis revelações que Passos traga no futuro contra o governo do Falso. Contra Portas é fácil usar o chamado "caso dos submarinos".

Como é menos eficaz Sócrates, ou ex-ministros seus, fazerem esse papel de defesa em causa própria, estes têm empurrado Seguro - um dos poucos socialistas que não estava conotado com o Falso - para fazer esse trabalhinho.

A ideia deve ter vindo de Sócrates, de ex-ministros seus ou então ... dos espiões de que falava Cavaco... 

Após ter feito o que dele se espera Seguro será descartado.

Para emergir o substituto de Seguro, caso seja um ex-ministro de Sócrates, este terá de ser tornado parcialmente imune às patifarias do Governo do Falso.

Tudo será feito para proteger esse homem ainda nascituro.

Coisas que Balsemão podia explicar a Seguro, o idiota útil na cabala dos SWAP

Durante mais de dezoito meses Passos Coelho cometeu o erro de poupar o Governo que o antecedeu.
Foi um erro. Escrevi sobre isso.

Contudo Passos mudou de estratégia e iniciou um ataque ao PS sem poupar Sócrates.

No caso dos SWAP o Governo descobriu que houve falsificação de documentos para incriminar o governo.

O grupo mediático ligado a Pinto Balsemão, a SIC principalmente, é a face mais pública da propaganda  para branquear Sócrates no caso dos SWAP.

Esse branqueamento tem tido outros episódios:

Recordo a história de que este Memorando já nada tem a ver com o Memorando original.
Recordo o renascimento do PEC IV como solução viável para o buraco que Sócrates criou.
Recordo o regresso de Sócrates, o Falso, e depois de Teixeira dos Santos, o boneco insuflável, para ter uma plataforma de se defender publicamente através da máxima de que o ataque é a melhor defesa.

Recordarei outros.

Esse branqueamento do Governo de Sócrates, pretende também impedir que se use a ação desse governo, para diminuir as figuras que no futuro irão substituir Seguro na liderança do PS.

O objectivo é simples - os Socratistas precisam de anular os argumentos contra os Governos de José Sócrates e, se possível, classificar os políticos da ala direita do PSD como mentirosos, tornando pouco credíveis revelações posteriores contra Sócrates.

Quando surgir o substituto de Seguro, caso seja um ex-ministro de Sócrates, será parcialmente imune à memória das patifarias do Governo do Falso. 

Como é difícil socratistas fazerem esse papel de defesa em causa própria, estes têm picado Seguro - um dos poucos socialistas que não estava conotado com o Falso - para fazer esse trabalhinho. Pacheco Pereira e Lobo Xavier têm ajudado, cada um à sua maneira, a esse branqueamento ao venderem, ou deixarem vender sem contradição firme, a ideia de que Passos é pior que Sócrates.

Depois de mim (Sócrates ou Teixeira dos Santos) virá quem o Pacheco Pereira, Rui Rio, Capucho e outros usarão (Passos Coelho ou Albuquerque), para bom de mim fazer (socratistas em geral).

Duvido que a ideia venha do falecido Mário Soares, agora na segunda infância. Deve ter vindo de Sócrates e/ou de ex-ministros Socratistas.

Após ter feito o que dele se espera, TóZero Seguro será descartado, como o é qualquer idiota útil mal passe a inútil.

O PS e a tentação da deriva criminosa - ultrapassado o ponto de não retorno?

A questão da falsificação de documentos para burlar a população na questão dos SWAP é de uma gravidade que, já o escrevi, não deve ser minimizada.

Durante a alegada cabala do PS contra a Justiça do caso de Paulo Pedroso, na altura o verdadeiro número 2 do PS e acusado pelas vítimas de agressão pedófila contra crianças desfavorecidas, bem como durante vários desmandos do governo de Sócrates, o Falso, este partido afastou-se da sua democraticidade original, numa deriva proto-criminosa politicamente assustadora.

Se sob a batuta de Seguro, o Anão, o mesmo PS usa documentos forjados para burlar os portugueses, então fico em crer que o PS como organização se aproxima do ponto de não retorno.

Seguro, a SIC e a nova cabala

Uma vez mais é levantada a suspeita de deriva ilegítima por parte do Complexo Balsemista-Socialista e desta feita contra o Governo democrático da República.

Agora PS, SIC e órgãos de comunicação escrita do Grupo Balsemão não só mentiram, com a ajuda do grupelho extremista conhecido como BE, não só mentiram grosseiramente contra Maria Luis Albuquerque, como, aparentemente, propagandeiam documentos forjados, contra uma pessoa nomeada pela Ministra.

O PSD não deve nem minimizar a ameaça Socrática por esta vir pela mão de um político descartável como Seguro. O PSD e o CDS não se devem acobardar e, se é verdade que o documento que incrimina o Secretário de Estado é uma falsificação com que se pretendem burlar os portugueses, devem levar esse assunto até às últimas consequências.


O PS, a Pedofilia e a cabala dos SWAPs

Se se confirmar a gravíssima acusação do Governo, de que as provas documentais que implicam Pais Jorge são documentos falsificados, então o Governo só tem um caminho: uma queixa crime por falsificação contra quem apresentou as provas e abertura de um inquérito para apurar a verdade.

Também na Assembleia da República deve ser criada uma comissão para esclarecer a possibilidade de no caso dos SWAP estarmos perante uma cabala organizada contra o regular funcionamento das Instituições Democráticas.

O Governo não pode esquecer que o PS não só destruiu as contas públicas no governo de Sócrates, mas no caso em que as crianças vítimas de pedofilia apontaram, e ainda apontam, alegadamente, o dedo identificador a altíssimas figuras dirigentes do Partido Socialista, este inventou, sem qualquer prova, uma pretensa cabala que se sabe hoje ser falsa, como cortina de fumo para a cabala que o PS de seguida lançou contra a máquina judicial.

Poderemos estar no caso dos SWAP perante uma nova cabala de figuras do PS?

No caso da pedofilia, o PS e aliados lançaram uma urdidura contra a Justiça, na mais vergonhosa campanha conta Juízes, Magistrados do Ministério Público, Policia Judiciária, Médicos pediatras e todos os Protetores das crianças agredidas. Essa cabala envolveu movimentos de algumas das mais influentes figuras da vida portuguesa, com violação grosseira do segredo de justiça e terminou com a receção apoteótica do acusado Paulo Pedroso na Assembleia da República.

PS e BE receberam o, na altura, alegado pedófilo como figura heróica e por momentos tememos que os apoiantes do BE, em vez de Che Guevara passassem a usar nas suas bandeiras vermelhas, fotografias de Paulo Pedroso.

Nos dias de hoje, depois do caso Albuquerque e, agora, depois dos documentos falsificados, das duas uma - ou há forças que servindo os interesses do PS forjaram documentos e este os propagandeou ou o Governo escolheu mesmo para Secretário de Estado um "grande SWAPER".

Exigimos saber a verdade e exigimos que o país não seja vítima duma nova cabala.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Joaquim Pais Jorge, o Grande SWAPER

Não havia necessidade...

ADENDA A 07-AGOSTO: acabei de saber que o Governo acusa pessoas ainda não identificadas de terem forjado o documento que tenta implicar JP Jorge como responsável ou co-responsável da estratégia de ajudar Sócrates no seu conhecido modus operandi de esconder dívida pública. Se isso se confirmar então também eu fui burlado por esses falsificadores. Aguardamos os desenvolvimentos deste assunto que agora assume contornos de tipo criminal.

PSD substitui candidato que atropela e foge

Um candidato autárquico minor do PSD, está em processo de ser substituído após ter atropelado fatalmente um jovem de 19 e ferido gravemente a sua namorada, quando conduzia alcoolizado.

Os atropelamentos fatais continuam a ceifar vidas , nomeadamente vidas jovens num país envelhecido.

Quando será que aprendemos?

sábado, 3 de agosto de 2013

O falecido Mário Soares e Semedo

Quando o falecido Mário Soares teve a intuição e a coragem de, na Alameda, lançar o novo grito "O Povo não está com o MFA", seguramente que Louçã estava com o MFA contra Soares.

De que lado estaria Semedo, se Soares e o PREC renascessem: do lado da Alameda ou do lado do MFA?

Esta é a questão.

Imagine-se a sequência

Cavaco Silva, o Sério mas Simples
António Guterres, o Picareta Falante
Durão Barroso, o Camaleão
Santana Lopes, o Pintas
José Sócrates, o Falso
(Passos Coelho)
José Seguro, o Anão

A dúvida sobre a decadência constante da qualidade de decisão dos líderes, só permanece em relação a Passos Coelho. Há neste sinais contraditórios, acentuados com a forma corajosa e particularmente  lúcida com que lidou com a demissão de Portas.

Nos outros foi sempre globalmente a descer.

Globalmente porque Guterres é intelectualmente muito acima de todos os outros mas tem aquele problema de falta de "testosterona" política e Sócrates é intelectualmente superior ao pobre Seguro - este particularmente mau - e só isso compensa o facto de ser o maior criminoso político que vimos desde a saída de Vasco Gonçalves, o comunista.

Pacheco Pereira e a teoria do "bater no fundo"

Pacheco veio uma vez mais, num artigo que versa outra coisa, repetir uma ideia que em breve poderia fazer o seu caminho - caso se confirmasse que a retoma de Portugal vai iniciar-se - a ideia de que só podemos melhorar porque batemos no fundo.

Esta ideia esquece dezenas de exemplos históricos que demonstram à saciedade que o colapso de uma sociedade não tem fundo que a aguente endogenamente e só em boa verdade a ocupação externa pode travar seja que fundo for.

Mesmo aqui ao lado, no espaço a Grécia e no tempo a Argentina, demonstram bem que há muito mais pobreza potencial além da pobreza que já sofremos, caso se desestruture mais a economia do país.

A ideia de bater no fundo pretende desvalorizar os aspetos positivos da política governamental e acentuar os negativos. O país só não piora porque é fisicamente impossível que piore, não porque a crise tenha tido duas fases uma em queda e uma em crescimento.

Esta teoria foi contradita há escassos dias quando a crise no governo provocou um aumento relevante das taxas de juros da dívida no mercado secundário - afinal podia-se ir abaixo do fundo, bastava a ameaça de que Seguro, o anão que mente, tomasse o poder com um partido minoritário.

Todas as foças que defendem a economia de mercado e não estão em campanha eleitoral sabem disso.

Como eu expliquei antes do discurso de Cavaco a 10 de Julho, o PR e, num certo sentido Passos Coelho, nesta crise entregou, assustados, a UGT e as Confederações patronais no regaço do governo, exatamente porque todas viram o que já sabiam: não há fundo e as coisas podem piorar e podem piorar muito.

Antevejo que a teoria do bater no fundo fará algum percurso entre diversos opinadores e protagonistas. Contudo, tal como aconteceu com a teoria de que Albuquerque mentiu, a escassa inteligência desta explicação é como a espuma da cerveja: enche o copo mas dura pouco.

Mas as más noticias para os Velhos do Restelo não são as que levam Pacheco a falar em bater no fundo ou no sindicato do Governo. Essas são oscilações que serão contraditas por noticias negativas para o Governo e positivas para os detratores do Governo.

As más noticias virão mais tarde como mencionei a 31 de Julho e os Velhos do Restelo e as suas lamentações de vem aí uma crise para 20 anos, serão devastadas.

Balsemão e o ataque ao CDS / PPD

O Expresso, a SIC e outros órgãos de comunicação de Balsemão foram sempre máquinas de propaganda do poder instituído e da lógica socialista - que vai da ala esquerda do PSD à ala direita do BE, incluindo todo o PS com a possível exceção de um ou outro elemento de integridade pessoal excepcional e que por isso faz perigar o interesse do grupo.

É evidente que o conjunto da imprensa pensa grosso modo da mesma maneira, à exceção de um ou outro elemento radical da esquerda ou da direita e de um ou outro elemento íntegro como Gomes Ferreira - e veja-se aqui o desconforto da sua entrevistadora que seguramente sabe o que quer Balsemão e o leve tremor de Gomes Ferreira que sabe ter a carreira em risco naquela casa.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A Laia dos Ricos e Lobo Xavier

Lobo Xavier, tal como muitas pessoas do CDS, tem um problema comum à dondoca Espirito Santo que gosta de brincar aos pobrezinhos na Comporta: veste-se à ricaço.

Faz lembrar o estilo Gastão da antiga banda desenhada, popular na escola primária, mas sem a mesma sorte.

Este é um dos problemas do CDS - mau grado o valor pessoal dos seus dirigentes, foi sempre muito fácil identificá-los com pequenos grupos sociais pela forma como se vestem, se movem ou falam.

Enquanto o CDS tiver demasiados olhos para esses grupos ultra-minoritários e não conseguir ir à luta pelo país inteiro, manter-se-á num gueto.

Não é uma questão de propostas: é uma questão de saber quem é que o CDS representa.

Paulo Portas tem feito um esforço para diversificar o partido. Esse esforço deve ser reforçado.

A política não é um exercício de simples filosofia aplicada.

Pacheco Pereira: Os Ricos que Paguem a Crise?

Atentem na expressão de Pacheco num texto do Abrupto (e Sábado) em que se refere aos ricos como "os da sua  laia, os ricos". Isto a propósito de uma senhora sem insight social que gosta de experimentar a vida mais simples da Comporta e a classifica como "brincar aos pobrezinhos".

Pacheco escorrega no sentido do ódio aos ricos, aos de cima, aos do sindicato do governo, re-acordando sentimentos do passado.

Olha-se para Mário Soares no declínio da quarta idade e teme-se por Pacheco.

Mas antes da segunda infância de Pacheco, questionamos-nos sobre se a laia dos ricos não inclui tipos como o Lobo Xavier e os donos da Sábado?

Valerá a pena o apaziguamento com  Pacheco, Lobo?

Pitagórica, tal como a Eurosondagem, apresentam PS muito à frente

E muito diferente da Católica.

Resultados do PS nas três sondagens são muito consistentes.

As do PSD muito inconsistentes.

Repete-se a pergunta: alguém explica?

Eurosondagem mostra PS a grande distancia do PSD: alguém explica?

A Eurosondagem publica um estudo em que o PS está a grande distancia do PSD.

Ora na sondagem da Católica estão quase empatados.

Aguardamos as análises mais técnicas, nomeadamente no Margens de Erro.

Sondagem da Católica mostra subida do PSD que se mantém a 3% do PS

Apesar da crise política, numa sondagem da Universidade Católica, o PSD sobe nas intenções de voto mantendo-se a tão curta distancia do PS que é inferior à margem de erro do estudo.

Já o CDS que desencadeou a crise, é penalizado. Contudo, sendo Portas quem, é as coisas irão mudar, antecipo, nos próximos dezoito meses.

Vamos todos torcer para que Seguro, o anão que mente no parlamento, não seja remodelado até 2015.

Albuquerque esmaga a Inspectora Ana Drago na Comissão.

Meteu dó.

A pobre Ana Drago cheia de contradições, mais loira que a loira, reduzida por Albuquerque.

A extremista, de joelhos, tentou terminar fingindo que Albuquerque afirmara (ordem a rever):

   - Que ninguém no governo sabia o que era isso dos SWAPs (quando Albuquerque é uma especialista em SWAPs e ela própria usou esse instrumento com grande ganho para o país) e a ministra respondeu explicando  que ninguém no Governo recebeu, como era estrita obrigação dos que endividaram o país, nenhuma passagem de informação sobra a existência de SWAPs tóxicos, mas que não pararam até descobrir a verdade sobre esse buraco financeiro do Governo PS;

   - Que recebera informação mas não na pasta de transição e Albuquerque repetiu com firmeza que ninguém no Governo recebeu, como era estrita obrigação de Teixeiras e Pinas, nenhuma passagem de informação sobra a existência de SWAPs tóxicos, mas que não pararam até descobrir a verdade sobre esse buraco financeiro do Governo PS;

   - Que ela é que não recebera qualquer informação mas Gaspar recebera, mas Albuquerque esmagou explicando que ninguém no Governo, nem ela nem Gaspar, recebeu como era estrita obrigação do governo socrático, nenhuma passagem de informação sobra a existência de SWAPs tóxicos
(como testemunhou Gaspar) mas que não pararam até descobrir a verdade sobre esse buraco financeiro do Governo PS;

   - Que recebera informação mas que não era relevante, após o que Albuquerque reduziu Drago à sua dimensão explicando que ninguém no Governo recebeu como era estrita obrigação da corja socrática, nenhuma passagem de informação sobra a existência de SWAPs tóxicos, mas que não pararam até descobrir a verdade sobre esse buraco financeiro do Governo PS;

A incompetência dos que pedem a demissão de Albuquerque é bem espelhada nesta peça em que o articulista ora se baralha, ora alucina.

 Achei graça aquela ideia dos detratores de Albuquerque de que todos lemos todos os dias todos os mails que recebemos e, melhor, memorizamos a que horas lemos mails que recebemos há dois anos. Mas o autor tem o mérito (involuntário, presumo) de citar Albuquerque ipsis verbis, mostrando assim que a narrativa do rapaz que não tirou um curso e que Ana Drago repetiu, é ela própria uma narrativa falsa.

E mesmo que não fosse - e é - seria irrelevante como explico sucintamente aqui

Já o PS apareceu a um milímetro de dizer com grandes parangonas: "Seguro ontem à noite mandou este mail à ministra sobre SWAPs, como pode ela aparecer hoje aqui a dizer que não foi informada"?


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Desembargadores

A fazer fé no Blasfémias, no Insurgente e outros blogs, os Juizes Desembargadores Eduardo Petersen Silva, Frias Rodrigues e Paula Ferreira Roberto produziram, a propósito de trabalhadores camarários alcoolizados, uma peça literária ao melhor gosto terceiro-mundista.

Para quando, pergunto, uma antologia que faça jus à literatura jurídica do Supremo?

Para quando um levantamento desse manancial de humor grotesco, de comicidade involuntária que ramalhetes de desembargadores produzem com entusiasmo ano após ano?

Rui Rio - diretamente da Ribeira para a Corte? III

Mas infelizmente Rio fez bastante pior numa questão já não adjectival mas substantiva.

Tanto pior quanto Rio tem formação económica ele próprio e por isso a mentira é claramente dolosa e reveladora do risco de Rio abrir a boca.

Trata-se do facto de Rio ter acusado Albuquerque de ter demitido pessoas como um Sr. Eng. que ele, Rio, preza, por terem feito contratos SWAP tóxicos, com aumento do risco e perda para o Portugal e ela própria na REFER ter feito contratos SWAP não tóxicos com diminuição do risco e ganho para o país.

Aconselhamos, pois, Rio a manter-se calado enquanto Pacheco, e outros, o entronizam, tal como o aconselhamos a mudar-se para Lisboa tão cedo quanto possível para aprender o estilo da Corte porque saltar diretamente da Ribeira para a Corte parece, no seu caso concreto, não impossível mas arriscado.

Arriscado até porque o PS iria recordar a passagem de Rio pela Metro do Porto, uma sociedade que deixa a desejar em termos de higiene das contas.

Rui Rio - diretamente da Ribeira para a Corte? II

Lido o post anterior analisemos esta última vez que Rio falou.

Rio disse que Menezes iria destruir tudo o que ele fez no Porto. Ficou a ideia que se trataria principalmente duma questão de despesismo. Mas isso incluiria também um re-aquecimento da velha questão do Porto como capital do Norte, do Norte contra o Sul ou da sua variante politicamente correta - do país contra a capital -, da entrada pela porta grande do FC Porto e todos os lobies que existam a norte, etc.

A questão do despesismo não colhe por motivos que explicarei noutra altura mas o resto parece verdade.

É claro que Menezes não é apenas esse pacote. Menezes, como Jardim e todas as figuras complexas, tem outra face. Essa outra face é intolerável pelos media da capital.

Portanto as declarações de Rio sobre Menezes não são um problema mas uma vantagem. Contudo é uma vantagem fast-food. Qualquer tipo do Porto que queira impressionar um Lisboeta pode fazê-lo de uma forma rápida discordando de Menezes, como qualquer madeirense o pode fazer atacando Jardim. É fast-food: muitas calorias e pouca imaginação.

Onde Rio se espetou foi quando quis tomar partido numa polémica que divide as pessoas em Lisboa. Aqui não era garantido o sucesso. Trata-se da questão dos SWAP e da mentira de Seguro sobre Albuquerque.

Rio não disse explicitamente que Albuquerque tinha mentido. Disse que ela não tinha dito toda a verdade. É uma versão menos sofisticada da ideia de Semedo de que Albuquerque chega sempre tarde à verdade, a que Rio não conseguiu tirar o corolário evidente e que é que Albuquerque, à sua maneira tinha mentido.

Como Albuquerque não mentiu e, pelo contrário, desmascarou a mentira Socrática sobre os SWAP tóxicos, atraíndo a cólera dos branqueadores do governo de Sócrates - principalmente o grupo de Costa - Rio mentiu ele próprio. É uma questão factual.

Rio contudo mentiu duma forma pouco hábil quando logo após ter acusado Albuquerque de não ter dito toda a verdade, num assunto em que toda a verdade deve demorar duzentas horas a ser dita, quando, dizia, não foi capaz de dizer toda a verdade numa questão em que toda a verdade se diz em dois segundos: Será o projeto de Rui Moreira mais próximo do de Rui Rio para o Porto?

Em vez de dizer que sim, que é o mais próximo, Rio respondeu com uma frase vazia, muito usual na politiquisse partidária. Onde está aqui a verdade toda?

Rui Rio - diretamente da Ribeira para a Corte? I

Há pessoas que quanto menos falam melhor ficam na fotografia.

É de temer que Rui Rio seja um desses casos.

Ao pôr na ordem o F. C. Porto, ao governar a cidade sem chorar em demasia a sua secundarização em relação à capital sem império e ao ser de boas contas, Rui Rio conseguiu uma imagem de alternativa séria aos desmandos da partidocracia.

Era, digamos assim, uma espécie de Cavaco sem bolo rei.

A manutenção dessa imagem implica que Rio fale pouco. Deve evitar abrir a boca para produzir sons que vão além do bocejar, do assobio ou do trautear de uma musiquinha.

Rio deve falar pouco por dois motivos:

#1 O povo gosta dos calados.

#2 Tem muito pouco para dizer.


quarta-feira, 31 de julho de 2013

Uma lição para Pacheco Pereira e os Velhos do Restelo

No post anterior abordei uma característica da sociedade portuguesa: a sua enorme plasticidade.

Essa plasticidade sofre um incremento logarítmico em tempos de crise.

Pacheco, Costa e mil Velhos do Restelo declaram que Portugal terá uma crise para 20 anos.

Enganam-se e enganam-se redondamente.

Acontecerá agora o que aconteceu após o PREC e após a vinda dos retornados: Portugal adapta-se a enorme velocidade e há sinais de que isso está a acontecer neste preciso momento.

A crise recuará a uma velocidade que impressionará mais a Europa que os Velhos do Restelo.

Esses não aprendem nada nem esquecem nada.

25 de Abril, a fuga de cérebros e a chegada dos retornados.

Após o 25 de Abril, principalmente após o início do PREC observou-se nas Universidades e nas empresas uma importante fuga de cérebros. Concomitantemente deu-se a chegada de centenas de milhar de retornados de África.

A maioria dos observadores não marxistas declarava uma crise para 20 anos.

Não aconteceu.

Uma parte dos retornados - principalmente os vindos de Angola - eram muito empreendedores e injectaram dinamismo no país de alto abaixo.

Pessoas que tinham fábricas de fósforos em Angola construíram fábricas de isqueiros em Portugal.

Nas Universidades os lugares abertos por quem saiu foram rapidamente ocupados por jovens filhos da revolução de Veiga Simão no ensino.

Esta enorme plasticidade da economia portuguesa espantou mais a Europa que os Velhos do Restelo.

Com a crise atual acontecerá o mesmo.

A crise atual recuará a uma velocidade que impressionará mais a Europa que os Velhos do Restelo.



Evolução sazonal do desemprego.

O desemprego baixa sazonalmente no verão.

Este ano Abril 17,8; Maio 17,6 e Junho 17,4.

Dada a crise no Egito e na Tunísia, entre outros fatores, o turismo está a ter um ano bom este ano.

A descida do desemprego tem a ver com isso.

Seria bom que não fosse apenas isso mas é cedo para pensar dessa maneira.

PS: ATUALIZAÇÃO EM JANEIRO DE 2014 - foi bom perceber que não foi apenas sazonal. A descida do desemprego continua a ocorrer e tem uma outra explicação, coerente com o fim da recessão - Portugal está a dar a volta como uma nova economia mais jovem e mais competitiva.

Desemprego desce. Sócrates declara o fim da crise.

De louvar a coerência de José Sócrates.

No seu governo cada vez que o desemprego oscilava para baixo num mês o Governo declarava com pompa e circunstância que a crise tinha acabado.

Hoje, tiremos-lhe o chapéu, Sócrates e os socráticos convocaram uma conferência de imprensa e declararam o fim da crise.

Seguro mentiu no parlamento. Que ninguém exija a sua demissão.

Ouvido Gaspar e ouvida Albuquerque confirma-se aquilo que escrevi sobre este assunto em múltiplas entradas anteriores. O governo do PS ajudou a afogar o país em dívidas, sendo os SWAP tóxicos o seu malabarismo mais recentemente conhecido. Tendo criado o problema tomou a decisão de não o incluir na pasta de transição, como Albuquerque denunciou e se pode concluir da consulta da pasta, disponibilizada pela ministra.

Albuquerque, é agora evidente, não mentiu. Pelo contrário denunciou quem mentiu.

Já de António José Seguro não se pode dizer o mesmo. Quando fingiu que Albuquerque tinha mentido, sabendo bem não, Seguro mentia ele próprio.

Seguro mentiu no parlamento.

Peço que ninguém exija a sua demissão. 

Perdia-se um cómico involuntário de invulgar gabarito.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Maria Luis Albuquerque: Haverá diferença entre chá e chá venenoso?

Albuquerque acha que sim.

Acha que beber chá não só não faz mal mas até pode ser muito bom.

Durante a sua passagem pela REFER Albuquerque bebeu chá e chá do bom. Parece que o estado terá ganho 31 milhões de euros com chá desse tipo, só na REFER. Os bancos também terão lucrado. Como é regra nos contratos legítimos, ambas as partes ganham. É por isso que assinam os contratos. Eu tenho dois pacotes de manteiga e tu tens 4 pães - trocamos dois pães por um pacote de manteiga e ambos ficamos com pão e manteiga.

Acontece que, porém, Albuquerque não gosta de chá venenoso. Albuquerque acha que o PS deveria ter esclarecido nas pastas de transição que havia muito veneno no chá que muitas empresas públicas andavam a beber.

O PS - Costa Pina e Teixeira dos Santos - nada disse em relação a esse veneno.

A mim não me espanta, pois foi o PS que envenenou as empresas públicas. Aliás envenenou o país inteiro, deixando-nos agora a ter de pagar as dezenas de milhar de milhões de euros que pediu emprestado ao estrangeiro.

Já os media continuam a espantar-me.

Quando Albuquerque fala de não ter sido passada informação sobre os SWAPs tóxicos, eles tendem a esquecer a parte dos tóxicos.

Confundem beber chá com beber chá venenoso.

É difícil acreditar que é só incompetência.

Maria Luis Albuquerque mentiu? V

Não ouvi as declarações do ex-ministro Vitor Gaspar, tendo apenas lido a transcrição das suas declarações na imprensa.

Vitor Gaspar disse em súmula:

#1 Toda a gente que trabalha naquela área sabia da existência de contratos SWAP nas empresas públicas.

Isto havia sido antecipado por mim quando escrevi no post "Maria Luis Albuquerque mentiu?  IV" que num país com 10.000.000 de habitantes, metade dos das grandes metrópoles, as pessoas sabem das coisas bem antes de serem vertidas em papel.

O governo PS saberia concerteza do caráter "faustiano" desses contratos em que vendia a alma aos piores demónios da banca. Sabia e nada fez. O que não espanta pois se foi no seu governo que explodiram esses contratos...

Albuquerque, como todas os profissionais experientes, saberia muito antes de ser ministra da existência de contratos SWAP nas empresas públicas. Ela própria ajudou a celebrar contratos desse tipo, no seu caso muito lucrativos para o estado.

#2  Em relação a esse conhecimento geral, Teixeira dos Santos pouco ou nada acrescentou na pasta de transição entre ministros.

Ou seja, toda a gente sabia de contratos SWAP mas Teixeira dos Santos nada de relevante informou em relação ao caráter tóxico duma parte desses contratos.

Os contratos SWAP podem ser legítimos e esses manter-se-ão pois são um instrumento financeiro de diminuição de risco.

Já os contratos específicos, "faustianos", que no governo PS foram assinados em muitas EP, não dimínuiam os riscos - AUMENTAVAM-NOS. Por isso eram tóxicos para o estado.

A Troika desconfiava que alguma coisa escondida havia. Albuquerque não parou até os esclarecer e resolver.

Nem Teixeira dos Santos nem Costa Pina passaram a Albuquerque o caráter ilegítimo desses contratos tóxicos que favoreciam a banca e prejudicavam Portugal.

Não há problema em assinar contratos SWAP. São legítimos.

Há problema em assinar (como expliquei noutros posts) SWAPs tóxicos.


O Papa Francisco e os Homossexuais

Sobe os homossexuais o Papa questionou-se "quem sou eu para os julgar".

Esta afirmação retira a identificação homossexual da esfera do pecado.

Contudo não consagra a prática de atos homossexuais como aceitável na doutrina da Igreja.

Por exemplo, em relação aos atos heterossexuais, a Igreja pronuncia-se no sentido de estabelecer limites.

Transpondo para a homossexualidade os mesmos princípios, isto levaria tão só à aceitação da homossexualidade casta.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Marcelo e Albuquerque : 10 valores

Marcelo pior que Marques Mendes.

Não refere que os problemas contratuais com os SWAP tóxicos não foram passados, fingindo o PS que eram contratos normalissimos.

10 valores.

Marcelo recorda que Gaspar será ouvido em comissão.

Aguardamos Gaspar.

domingo, 28 de julho de 2013

Portugal acerta ao lado II

Lido o post anterior pode perguntar-se: haverá relação entre a partidarite, a falta de transparência, a proteção dos do topo, a falta de responsabilização e a cedência aos bancos e o país mediático não reconhecer quando alguém, como Albuquerque, faz diferente?

Há.

Se o país mediático reconhecesse o mérito de quem faz diferente, não haveria tanta partidarite, amiguismo, subserviência e opacidade.

A incapacidade de reconhecer quem faz diferente faz parte da mesma doença que leva aos males anteriores.

Nessa doença os meios mediáticos são sempre piores que o próprio poder político.

Portugal acerta ao lado I

#1 O país tem um problema real crónico de falta de transparência: Albuquerque não parou até tornar transparentes contratos obscuros.

Mas sem apontar o bom exemplo os  media discutem sobre se ela mentiu.

#2 O país tem um problema real crónico de nunca responsabilizar quem falha: Albuquerque não parou até responsabilizar quem falhou.

Mas sem perceber a diferença na ação, os media discutem sobre o que ela disse no mais irrelevante órgão de soberania, em que uma claque maioritária de deputados faz em bloco, há quase 40 anos, o que o primeiro-ministro que está, manda fazer.

#3 O país tem um problema real crónico de poupar sempre quem está no topo: Albuquerque não parou até o governo demitir inúmeros gestores de topo.

Mas sem apontar o bom exemplo, a exceção, os media discutem a semântica das suas declarações.

#4 O país tem um problema real crónico de acusar os dos outros partidos e poupar os do nosso: Albuquerque concorreu para a demissão de secretários de estado do governo do PSD.

Mas sem reconhecer o bom exemplo os media debatem o diz que disse.

#5 O país tem um problema real crónico de nunca questionar os lucros dos bancos: Albuquerque não parou até cortar os lucros dos bancos ou processá-los judicialmente como é o caso do espanhol Santander.

Mas em vez de apontar o bom exemplo discute-se sobre se ela mentiu.


Maria Luis Albuquerque mentiu? IV

Todos os contratos SWAP são maus? Não. Eu próprio tive à minha micoscópica escala um contrato de crédito que em vez de indexado à Euribor era um SWAP.

De que fala Albuquerque quando fala de contratos SWAP tóxicos? De contratos leoninos para os bancos, com um assimetria que permite aos bancos executar precocemente as suas vantagens, escritos de forma encriptada e fazendo referência a indexantes desconhecidos para o estado no se u resultado  final.

O levantamento destas situações de risco foi passado pelo PS ao novo Governo?

Esta é a questão. Albuquerque diz que não.

Cronologia em (construção):

15 Outubro 2008: Auditoria da Inspeção Geral de Finanças (IGF) deteta problemas na política de endividamento de risco nas empresas públicas, sob a égide do governo de Sócrates. 

21 Janeiro 2009: Novo alerta da IGF sobre a política de aquisição de passivo oneroso por parte das empresas públicas.

2009 - 2011: Os contratos SWAP tóxicos proliferam.

23 Março 2011: Governo de Sócrates demite-se. Isto inclui Costa Pina que fica pois a saber que será substituído no cargo e deverá apresentar ao seu substituto uma pasta de transição com os problemas pendentes.

3 Maio : Apresentado o Memorando de Entendimento. Sócrates e quejandos comprometem-se com a Troika a entregar relatório sobre o endividamento das empresas públicas, o que inclui por definição os SWAP tóxicos.

17 Maio: Formalmente assinado o memorando de entendimento.

5 Junho : Sócrates perde as eleições (PS 28% e PSD + CDS 50%). Costa Pina sabe que a direita ganhou o poder.

9 Junho: Costa Pina dá ordem às empresas públicas para enviarem à Direção Geral do Tesouro informação detalhada sobre os contratos SWAP que fizeram.

Meados de Junho: Tomada de posse de Gaspar. Na reunião de passagem da pasta de transição Teixeira dos Santos terá mencionado os contratos SWAP - não podia ter deixado de o fazer porque a troika que não gosta de truques, mandou acabar com a desorçamentação Socrática e exigiu, logo em Maio,  um relatório escrito sobre o assunto.
O que importa saber é se Teixeira avisou Gaspar de que existia um problema com SWAPs tóxicos, como era sua estrita obrigação saber e comunicar. Ou se se limitou a usar meia verdade para omitir o problema, dizendo uma coisa do género em passant "mandei fazer um levantamento sobre o passivo oneroso da empresas públicas e estou preocupado com o volume desse passivo".

27 Junho : Posse de Albuquerque como membro do Governo.

28 Junho : Reunião entre Costa Pina e Albuquerque com a pasta de transição.
28 Junho : 1º mail de Pedro Felício com escassa informação sobre os SWAP.
Albuquerque fica intrigada com opacidade do caso e exige mais e mais informação não aceitando como boa a escassa e genérica que se pretende descrever o problema.
19 Julho  : 2º mail de Pedro Felício com mais informação sobre os SWAP.
26 Julho  : 3º mail de Pedro Felício com mais informação sobre os SWAP.
1 Agosto : 4º mail de Pedro Felício com mais informação sobre os SWAP, ainda muito incompleta.

A Secretária de Estado, por não ter recebido a informação necessária ao diagnóstico do real risco para o Estado, desencadeia outros mecanismos, nomeadamente recorrendo a consultores externos, para poder decidir qual a estratégia a seguir.

A banca dá a conhecer a Albuquerque que assinou contratos que lhe permitem executar a qualquer momento as mais valias que os contratos SWAP lhe fornecem contra o Estado.

Albuquerque dá ordem para ninguém pagar nada sem a sua aprovação.

Coisa rara em Portugal, Governe demite os gestores de topo e todos os membros do proprio governo que tenham sido responsáveis por operações de financiamento tóxicas.

A propósito de um ramalhete de dois aldrabões fracos, um aldrabão forte e um extremista que acabei de ver num programa televisivo, em que uma certa direita pede desculpa por ser quem é e em que em uníssono se declara Albuquerque como mentirosa, vou tentar - tenha tempo - fazer o levantamento cronológico dos factos.

Uma coisa é desde já certa: à data da Reunião entre Costa Pina, o Socrático, e Albuquerque (28 de Junho) NÃO é possível que os dados que Pedro Felício entrega a 1 de Agosto, tenham sido passados por Costa Pina pelo simples facto de que 28 de Junho ANTECEDE 1 de Agosto. Aliás a 1 de Agosto os dados na mão de Albuquerque não permitem perceber os dois riscos fulcrais para o Estado  - a possibilidade contratual que os bancos têm de executar unilateralmente muitos contratos e o facto de outros tantos terem sido redigidos de forma virtualmente ilegível.

Segunda coisa que tomo como certa: num país que tem uma população que é metade da das maiores cidades do mundo, os Costas Pinas e, a bem dizer, toda a gente do foro, sabem das coisas que se passam dentro das lojas que governam  antes da data em que são passadas a papel.

sábado, 27 de julho de 2013

Morais Sarmento e Marques Mendes claudicaram. Pacheco é um caso perdido. Falta Marcelo.

Dois comentadores da área do PSD, falaram do seu púlpito nacional sobre a questão dos SWAP tóxicos e de Maria Luis Albuquerque.

Em ambos os casos, os jornalistas disseram que ela sabia pela voz do governo anterior o que se passava nos SWAP tóxicos e deram a entender que mentira.

Questionados, Sarmento quer Mendes fugiram dos factos.

Mendes esteve melhor ao salientar que o governo anterior é que criou o problema e que o secretário de estado e o diretor do tesouro que nada fizeram para resolver o assunto, não deviam ter vindo, como sonsos, criticar a lentidão com que Albuquerque resolveu o problema que eles próprios criaram.

Mendes ainda passou brevemente sobre a verdade dizendo que Albuquerque não tinha mentido strictus sensus.

Com medo de serem acusados de partidarismo nenhum teve a coragem de dizer a verdade.

A verdade, tanto quanto se sabe hoje, é que Albuquerque não mentiu, nem strictu nem lato sensus.

Strictus sensus Albuquerque disse que na pasta de transição entre governos o assunto não foi passado como o problema que é. A estratégia típica dos burlões é usarem meia verdade para venderem a mentira que lhes dá vantagem e dou pouco valor a que Costa Pina ou Teixeira dos Santos tenha ou não referido que havia nas empresas públicas contratos SWAP que mereciam um segundo olhar. Tudo nas empresas públicas precisava de um segundo olhar. Ela falou da PASTA DE TRANSIÇÃO e não de conversas en passage (de que eventualmente podia não ter tido conhecimento) entre Teixeira e Gaspar.

Passar os assuntos do ministério numa pasta escrita e organizada é uma obrigação básica de qualquer governante. Conversas de corredor têm-se sobre futebol.

Se há dúvida sobre o conteúdo da pasta de transmissão, a Comissão que peça a dita.

Lato sensus Albuquerque também não mentiu. Foi Albuquerque que, tendo obrigações de report para com a troika e tendo tido dicas a partir de bancos de que haviam cláusulas graves, lançou uma investigação para saber a verdade. Como resposta à inquirição de Albuquerque, o PS foi cedendo a conta-gotas. Nunca o PS tomou a iniciativa de dizer: criámos este problema com esta dimensão e não sabemos como o resolver.

Albuquerque não foi informada - conseguiu, a pulso, facto após facto, confessado mail após mail que o PS levantasse a ponta do véu do que fora feito durante o seu governo nas empresas públicas.

A vantagem do PS em mentir, o seu racional, foi já analisado num post anterior.

Lato sensus as informações ainda assim dadas, não continham a alma do negócio, o verdadeiro problema e que consistia na possibilidade contratualmente garantida pelo PS aos bancos de que estes, a qualquer momento e a seu belprazer, podiam converter em dinheiro as vantagens contratuais cedidas pelos socialistas, tramando o estado em milhares de  milhões.

Dou 9 valores a Sarmento e 12 valores a Mendes.

Falta Marcelo.

Perceber o que Poiares Maduro parece não perceber

Poiares Maduro declarou que não é fácil dizer aos negociadores da troika que o programa de austeridade falhou, que há uma fadiga de austeridade e necessitamos de melhores condições.

Diz de seguida que melhores condições - mais tempo e a aceitação de mais déficite - representam sempre mais dívida que depois teremos de pagar.

É difícil aceitar que uma pessoa que é ministro se recuse a perceber o que dizem os detratores do atual programa.

Eu vou tentar explicar-lhe:

#1 Há economistas - muitos do PSD - que dizem que o excesso de austeridade aumenta a dívida. Imaginemos que por excesso de paixão pela via da austeridade o governo retira num ano 5.000 milhões da economia e a recessão provocada leva a uma diminuição da receita e a um incremento de despesa nas áreas sociais de, suponhamos, 4.000 milhões. Toda a operação rende 1.000 milhões ao governo e empobrece o país em dose excessiva.  Caso o governo decidisse retirar apenas 2.500 milhões e essa fosse a dose certa, a perda por recessão e incremento da despesa social seria apenas de 1.000 milhões, resultando num rendimento de 1.500 milhões ao governo. 1500 é mais que 1.000. Esta é a tese.

Em resumo, o excesso de austeridade é pior para a dívida que a dose certa de austeridade.

É difícil saber qual é a dose certa de austeridade mas não é difícil perceber o argumento de que diminuir a austeridade não é o mesmo que aumentar a dívida. Um ministro devia conseguir perceber este argumento e responder-lhe caso discordasse.

#2 A operação de financiamento da economia portuguesa suscita prejuízo a alguns estados como Itália e lucro a outros como a Alemanha. Não é difícil perceber o argumento que que a Alemanha não deve obter grande lucro liquido com esta operação e deve baixar os juros do que nos empresta para pelo menos 0%. Mesmo assim teria lucro.

#3 Os fundos europeus deveriam, a título excepcional e durante um período limitado de tempo - por exemplo 5 anos - poder ser usados para financiar investimento à economia portuguesa sem contrapartida do nosso lado: ou seja deveriam poder haver programas 100% financiados pelos fundos europeus, evitando a sua não utilização por falta de verbas locais.

#4 Países do centro europeu podiam investir direta ou indiretamente em Portugal caso se identificassem setores que fossem úteis às suas próprias economias. É o caso óbvio do investimento no complexo ferro-portuário de Sines benéfico para a economia Europeia como um todo.

Etc, etc.

Poiares Maduro ou não percebe os argumentos dos detratores do programa ou finge que não percebe.
Ambas as posturas resultam no mesmo.